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BPC Negado para Autistas? Descubra os Motivos e Como Reverter a Decisão!

  • Foto do escritor: Hydianne Santos
    Hydianne Santos
  • 11 de mar.
  • 3 min de leitura

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um direito garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) para pessoas com deficiência, incluindo autistas, que comprovem não possuir meios de prover sua subsistência. No entanto, muitas famílias enfrentam dificuldades e acabam tendo o pedido negado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Neste artigo, vamos explorar as principais razões para essa negativa e quais medidas podem ser tomadas para recorrer da decisão.


O que fazer quando o BPC é negado?
O que fazer quando o BPC é negado?

Principais Motivos de Negativa do BPC para Autistas


1. Renda Familiar Acima do Limite Estabelecido


Um dos critérios para concessão do BPC é que a renda per capita da família seja inferior a 1/4 do salário mínimo. Muitas vezes, o INSS considera rendimentos que, na prática, não são utilizados para sustentar a pessoa autista, levando à negativa do benefício.


O que fazer?

  • É possível contestar a forma como a renda foi calculada, demonstrando despesas essenciais que reduzem a real condição financeira da família.

  • Apresentar laudos e declarações que comprovem os gastos elevados com terapias, medicamentos e demais necessidades específicas do autista.


2. Ausência de Comprovação da Deficiência e do Impacto Funcional


O INSS exige que a deficiência cause impedimentos de longo prazo (mínimo de dois anos) que dificultem a participação plena e efetiva na sociedade. Muitas negativas ocorrem porque os laudos médicos não detalham suficientemente o impacto do transtorno do espectro autista na vida do requerente.


O que fazer?

  • Reunir laudos médicos detalhados de neurologistas, psiquiatras e terapeutas que comprovem a necessidade do benefício.

  • Incluir pareceres de assistentes sociais e educadores sobre as dificuldades enfrentadas no dia a dia.


3. Erro na Avaliação Social ou Médica do INSS


A avaliação realizada pelo perito médico e pelo assistente social do INSS pode ser falha, levando a um parecer desfavorável.


O que fazer?

  • Solicitar uma nova perícia administrativa, caso haja inconsistências no laudo.

  • Apresentar documentação complementar para reforçar o pedido.


4. Falta de Documentação Adequada


A ausência de documentos essenciais, como laudos médicos recentes, comprovantes de renda e relatórios de terapeutas, pode resultar na negativa do benefício.


O que fazer?

  • Antes de entrar com o pedido, garantir que todos os documentos exigidos estejam corretos e atualizados.

  • Consultar um especialista para revisar a documentação antes do envio.


5. Interpretação Restritiva da Lei pelo INSS


Em alguns casos, mesmo cumprindo os requisitos, o INSS pode negar o pedido ao adotar uma interpretação mais rígida da legislação.


O que fazer?

  • Ingressar com recurso administrativo no próprio INSS.

  • Caso o recurso seja negado, ajuizar uma ação judicial para garantir o direito ao benefício.


Como Recorrer da Negativa do BPC?


Se o benefício for negado, o requerente pode:


  1. Entrar com um recurso administrativo dentro do prazo de 30 dias após a negativa, apresentando novos documentos e argumentos para contestar a decisão.

  2. Caso o recurso seja indeferido, pode-se ingressar com ação judicial na Justiça Federal, onde as chances de êxito costumam ser maiores, especialmente quando há provas contundentes da necessidade do benefício.


A Importância de um Advogado Especialista


O processo de concessão do BPC pode ser burocrático e desgastante, especialmente para famílias que já enfrentam desafios diários no cuidado com um autista. Um advogado especializado em Direitos do Autismo e pode:


  • Orientar na coleta de documentos e laudos médicos adequados;

  • Elaborar um recurso administrativo robusto;

  • Entrar com ação judicial, se necessário, para garantir o benefício.


Se você teve o BPC negado ou deseja garantir que o pedido seja feito corretamente desde o início, contar com um especialista pode ser decisivo para conquistar esse direito.


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